
Como deve ser uma startup?
Há pouco tempo, indiquei no meu Twitter um livro chamado “Startup Enxuta”, do americano Eric Ries, que fala desse movimento que tem ganhado cada vez mais força nos novos negócios e empreendimentos.
O conceito de Startup Enxuta surgiu quando Eric Ries criou uma rede social, onde as pessoas interagiam por meio de avatares. A ideia era criar bonequinhos que trocavam de roupa, mudavam o visual e interagiam uns com os outros. Naquela época, no entanto, as pessoas já utilizavam outros serviços de mensagens instantâneas, como MSN e salas de bate papo. Não havia por que sair daquele ambiente onde todos já tinham seus ciclos de amizade.
Foi então que ele teve a ideia de integrar o seu software com os serviços já existentes de mensagens instantâneas. Assim, as pessoas começariam a usar e ele aproveitaria o efeito viral para atingir toda a base de clientes já existente. Foram seis meses de trabalho, desenvolvendo códigos de programação que garantissem uma boa integração, trabalhando na estética dos bonecos e na tecnologia para rodar a nova rede social. No entanto, quando finalmente fizeram o lançamento, ninguém fez o download do software, ninguém quis testar. Todos aqueles meses de trabalho foram desperdiçados.
Nesse momento, eles perceberam que se esqueceram do principal: o consumidor. No papel, a ideia era brilhante, mas na prática não haviam testado a aceitação do público e fracassaram. Daí surgiu a metodologia da “Startup Enxuta”: acabar com atividades supérfluas, que não trazem resultado, para concentrar em ações certas, que geram valor ao consumidor. Não adianta criar um produto que ninguém deseja.
O grande erro de novos empreendedores é querer abrir um negócio sem uma visão ou um objetivo concreto, pensando apenas em ganhar dinheiro “fácil”. É preciso sempre pensar em abrir um negócio que facilite e agregue valor ao dia a dia do consumidor.
E o mais importante: teste rapidamente e repetidamente a aceitação do seu produto, colete informações periodicamente, faça um produto que se encaixe às necessidades do mercado. Se no final, seu produto não for aceito, mude-o. Mude seu modelo de negócio, teste outras formas, até que ele seja aceito pelo mercado.
Teste rápido: FALHE RÁPIDO!
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